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Para mim, este começo de ano está bem diferente dos
outros. Ao contrário de anos anteriores, parece que as pessoas já estão
trabalhando e o ritmo não diminuiu tanto. Isso acontece por dois simples motivos:
com a greve, eu fui obrigado a já estar estudando nesta época do ano, quando
eu deveria estar de férias e indo à praia todos os dias com meus amigos, e
isso faz com que pelo menos metade dos estudantes universitários do Brasil
tenha que ir de um lado para o outro para não perder aulas. O outro motivo é
a crise argentina, que tem mantido o presidente e seus subordinados meio
ocupados com reuniões com o "presidente da semana" da
Argentina, tudo em nome da "boa amizade" (leia-se: medo de a crise
explodir aqui também), além de reuniões com vários outros líderes mundiais,
na tentativa de aumentar a exportação.
Por ser um ano de eleição e de Copa do Mundo, as
coisas se movem mais rápido também, pois há os candidatos fazendo campanha em
todos os cantos e os times discutindo reformulação de plantel e calendário já
agora. Os campeonatos já começam cedo, então todo mundo corre contra o tempo.
Até no underground musical carioca as coisas já estão se mexendo, com os
Netunos tocando na praia de sábado em sábado e os shows na Casa de Cultura
Estácio de Sá já recomeçando em janeiro.
Um último fator decisivo para esta movimentação
diferente? O carnaval começa bem mais cedo este ano, tanto que a Semana Santa
já é em março. Já por todos os cantos da cidade se percebem preparos pro carnaval,
e na TV passa de dez em dez minutos uma vinheta exaltando a programação de
cada emissora para a época festiva.
Por isso, não achem que isto é uma nova tendência,
que a partir de agora as coisas vão sempre se movimentar tão rápido. Não,
isto é um fenômeno deste ano, até a próxima greve e crise estrangeira, vai
ser tudo de volta ao normal. Até porque se o período "pernas pro
ar" não é agora, vai ser durante a Copa (se o Brasil vencer, claro).
(Adriano)
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A luta do Popó
Já estava quase
dormindo, quando liguei a televisão para conferir o que estava rolando. Para
minha sorte, a luta não havia começado. Estava com bastante sono, mas pensei,
porque não? Todas as lutas do Popó são rápidas mesmo, essa não será
diferente. Coitado de mim, estava crente que em menos de um minuto estaria
dormindo. Doze rounds!! Doze! Haja coração! Nunca havia
assistido uma luta dele que demorasse tanto. Aflito, quase roí todas as unhas
da mão...Volta e meia me perguntava, o que fizeram com o menino baiano que em
segundos levava seus oponentes no chão? Será que dessa vez Acelino estava
frente a frente com alguém de sua altura?? Sim, estava, e por pouco não perde
a luta. Lá pelo sétimo
round, Popó pisou algumas vezes na bola, tomou umas na cara, cheguei a pensar
que do oitavo não passaria. Mas Iemanjá é mais forte e manteve o baiano de
pé, para a alegria da torcida brasileira. Último round! Ninguém caiu, Casamayor quase foi a lona com certeiro de Popó, pelo meio da luta, mas não houve nenhum nocaute. Nada mais se podia fazer a não ser esperar pela pontuação dos juizes. O nervosismo tomou conta do ambiente. Felizmente a noite foi dos brasileiros...Sim!! Popó foi o grande vencedor da noite, vencendo esse grande duelo por apenas dois, DOIS pontos. Foi pouco, mas foi bom, o importante é que foi ele quem trouxe o cinturão para casa. (André)
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FHC e Putin.