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Conversa Fiada

E aconteceu mesmo. Michael Jordan está de volta à NBA. Como eu já havia antecipado aqui no site há um bom tempo atrás, Jordan renunciou à sua parte na sociedade do Washington Wizards para ser jogador do mesmo time, um dos piores da liga. Jordan ainda tem ações da equipe e do Capitals, time de hóquei da mesma cidade, mas sua porcentagem agora é bem menor, para que ele possa jogar, senão seria proibido pelo regulamento da liga profissional de basquete norte-americana.

Estou EXTREMAMENTE decepcionado com Jordan. Todos parecem estar explodindo de alegria com sua volta, principalmente os moradores da capital dos EUA e o comissário da NBA, David Stern, que com certeza está celebrando uma temporada que novamente terá grandes públicos e audiências televisivas, coisas que vinham sumindo nos anos pós-Jordan. Para muitos, é a volta do basquete-arte, o esporte voltou a ser interessante. É como aconteceria no Brasil se, digamos, Ayrton Senna não tivesse morrido e, após dois anos longe das pistas, resolvesse voltar a correr.

Eu não acho que é isso, aliás, eu sei que não é. O basquete pode até ter piorado nos últimos seis, sete anos, mas não é a volta do maior ídolo do esporte que trará toda a beleza de volta às quadras. MJ é ótimo, mas é só um. Sim, alguns argumentarão que temos jogadores como Kobe Bryant, Allen Iverson, Damon Stoudamire e Vince Carter, mas ainda assim estamos longe do basquete dos anos 80 e princípio dos 90, quando um time com jogadores de técnica apurada podia derrotar times com pivôs gigantescos, diferente de hoje, em que nenhum time consegue segurar um Shaquille O'Neal.

"Air" Jordan também terá bastante dificuldade para continuar voando com sua idade. Aos 38 anos, Michael aparenta estar novamente na forma que tinha três anos atrás, quando deixou a NBA, mas isto pode não se traduzir tão bem na quadra. Ele estará tendo que correr de um lado pro outro e pular toda hora contra caras bem mais novos, no auge da forma, por 48 minutos (sim, a duração inteira de um jogo, pois tratando-se do Wizards, vai ser necessário...). E ele não poderá falhar nisto, pois é o mito do melhor jogador da história que está em jogo aqui. Mesmo que esteja com o pior time e contra o mais forte adversário, a lenda é que ele pode vai vencer assim mesmo, e agora ele terá que comprovar isto. É demais para se pedir a qualquer um, mesmo no auge físico.

Mas não é  nenhuma destas a razão da minha decepão com Jordan. Tampouco é sua decisão de não jogar pelo Bulls, esta é na verdade uma das poucas coisas que aplaudo na volta dele, aqueles torcedores chorões do Chicago que continuem penando para voltar a vencer. Eu estou triste pois MJ está traindo seu próprio espírito de bom desportista e vencedor. No basquete, Michael Jordan é sinônimo de luta e vitória. No mundo corporativo, porém, já é sinônimo de falta de pulso, de desistência, de fracasso. Quando as coisas ficaram muito difíceis no escritório, quando ele viu que não conseguia resolver os problemas da equipe usando apenas a mente e o dinheiro, desistiu ao invés de continuar tentando até vencer e apelou para a única maneira que sabe. Mostrou que não tem paciência nem frieza, quanto mais esperteza, para comandar uma empresa e vencer um jogo sem usar seu corpo. Sim, dentro de quadra, Jordan é inteligentíssimo, paciente, sabe quando ser frio, quando ser explosivo, é perfeito. Não conseguiu usar as mesmas características fora da quadra. Largar a mala e a caneta e pegar na bola pode ser uma atitude corajosa por desafiar vários tabus físicos e tudo o mais, mas não deixa de ser uma atitude covarde por representar sua incapacidade de vencer em outro nível.

Meu irmão me perguntou, na ocasião do anúncio da volta de Jordan, se eu queria que ele se desse mal nesta volta às quadras. Eu disse que não, em absoluto. Quero mais é que ele vença, que seja campeão, que prove que todas as minhas dúvidas foram equivocadas. Mas eu preferia não precisar ter que torcer por isso. (Adriano)

 

Algo sobre a felicidade

 

     Como já disse Godard em seu “Eloge De L'amour”: “Felicidade é triste”. Assisti ao filme no último sábado do Festival do Rio BR, o evento foi muito bem organizado, adorei e espero que o mesmo tenha acontecido com vocês, leitores. Apesar de não ter assistido a todos que eu queria, por motivos de horário e faculdade, deu para curtir o evento.

     Bom, mas voltemos a Godard. Meu dia de sábado, confesso não ter sido muito bom. À tarde assisti ao horrível “Insônia”, de Dario Argento. Eu sei que teve gente que adorou, respeito os gostos de terceiros, talvez o filme até seja bom mesmo e eu não tenha pego o “espírito da coisa”, tudo é possível, mas até que isso seja comprovado, continuo com a péssima impressão desse midnight movie que só me chamou a atenção pela presença de Max Von Sydow, o padre Karras de “O Exorcista”.

     À noite, o tão esperado momento, finalmente iria contemplar um filme de Godard. Como cinéfilo, é quase como obrigação ter na lista dos assistidos uma produção da autoria desse mestre do cinema. Cheguei no Estação Botafogo, esperei até às dez e entrei na sala de exibição.

     A sessão estava lotada, só fui encontrar lugar quase no gargalo (o mesmo que lá na frente). Os noventa e sete minutos pareceram uma eternidade. Acredito que olhei o relógio umas dez vezes pelo menos, a impressão que tive era de que o tempo havia parado. Sim, foi lento. Confesso que fiquei decepcionado. Claro que não esperava assistir a uma aventura de Indiana Jones, mas algo menos arrastado.

     Tanto tempo e poucas coisas consegui retirar do filme, pelo menos não foi um desperdício. Num certo diálogo do filme há uma crítica bem inteligente sobre a arrogância norte-americana, o que veio a calhar com a situação internacional que vivenciamos. Algo que ficou desse filme foi a frase. “Felicidade é triste.”

     Como alguém pode vir a falar isso? Talvez aqueles que assim pensem, o fazem porque eles comem seus croissants fresquinhos em seus Cafés no “bem bom” do conforto. Talvez os que pensam assim, com tamanho mal agradecimento, não acordam de madrugada para fugir de suas casas de algum exército repressor ou de algum ataque inimigo.

     Essas criaturas fartas de luxo provavelmente não devem saber o que é passar fome durante dias e semanas. A elas deve faltar conhecimento do sofrimento de pisar em uma mina e para o resto da vida carregar o arrependimento de ter passado por aquele que parecia um campo tranqüilo.  

     Será que esses que pensam que a vida é uma merda, sabem realmente o que é viver na merda? Se eu ouvisse esse comentário de alguma das vítimas da violência de Serra Leoa ou da Palestina ou até mesmo do subúrbio de minha cidade, eu poderia entender sua visão de vida. Mas escutar isso de alguém que tem casa, comida e conforto e que branda esse tipo de comentário apenas para fazer tipinho, é algo repugnante.

     Nossa vida é única. Apenas uma chance de ver o mundo como vemos, como seres humanos. Há muita maldade aqui, muito sofrimento, mas ainda há vida e é nosso compromisso torná-la a melhor possível sem pisar nos outros. Não há nada mais esperançoso do que receber um sorriso no final do dia.

     O momento de felicidade é dádiva divina. É andar no caminho das nuvens, carregando a luz no coração para assim iluminar o caminho da escuridão. A Felicidade não é triste e nunca será, triste é privar o direito à felicidade. (André)

 

Serviço de utilidade pública - recebemos por e-mail o seguinte apelo:

 

Prezado (a) Usuário (a),

> > > Vamos ver se a internet é mesmo poderosa para ativar solidariedade. O

> > Hospital do Fundão está precisando de doadores de todos os tipos de >

>sangue, principalmente O positivo e negativo. > Mande essa mensagem a todos

>os seus correspondentes da rede e peça a > cada um deles para fazer o

>mesmo, de forma a potencializar a corrente, e > vamos ver se conseguimos

>reverter esse quadro de escassez de sangue. > No caso dessa corrente, não

>há número arbitrado para se mandar este > email, nem tempo máximo para

>fazê-lo. A participação nela é física: basta > o usuário ir ao 3º andar do

>Hospital do Fundão de 2ª a 6ª feira, das 7:30 > às 13:30h, fazer a doação.

> > Depois de participar dessa corrente, vc não ganhará nada, mas se >

>sentirá mais cidadão. É que, embora cientistas de todo o mundo tenham se >

>empenhado bastante, ainda não foi possível conseguir um substituto >

>sintético ideal para o sangue. > Para doar é preciso que a pessoa esteja

>sentindo-se bem de saúde, > tenha entre 18 anos e 60 anos, pese mais do que

>50 quilos, e não tenha > tido hepatite antes dos 10 anos de idade e não

>esteja exposta a risco de > contrair doenças sexualmente transmissíveis.

>Quem tiver alguma dúvida, > pode ligar para os telefones 2562-2401 e

>2562-2305. > Grato pela atenção, porque quem agradece a solidariedade é a

>Vida, > > Edmilson Silva > Assessor de Imprensa > Hospital do Fundão